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A Doutrina da Trindade

  • Foto do escritor: Claudio Schueler
    Claudio Schueler
  • 25 de mar.
  • 3 min de leitura

TEXTO BÁSICO: JOÃO 16. 4-15


1. Definição de Trindade: 


De acordo com a Enciclopédia Católica, a Trindade "é o termo empregado para expressar a doutrina central da religião cristã, a verdade de que na unidade da divindade existem três pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo, sendo estas três Pessoas verdadeiramente distintas uma das outra."


  1. Origem do termo.


A palavra Trindade não se encontra em nenhum texto das Sagradas Escrituras. O primeiro uso do vocábulo grego trias é atribuído a Teófilo de Antioquia, por volta do ano 180 da era cristã, e a sua forma latina, trinitas, é atribuída a Tertuliano. No terceiro século, o uso do termo já tinha se difundido e generalizado.

A ausência do Termo nas Sagradas Escrituras, entretanto, não é razão para negar a sua existência, assim como não existe razão para negar que tenha existido vida antes de o termo biologia ser pronunciado.

O vocábulo Trindade surgiu da necessidade de os primitivos cristãos atribuírem um nome à realidade bíblica do único Deus verdadeiro subsistente em três pessoas, tal qual o vocábulo Biologia surgiu da necessidade de denominar uma ciência que tem como objeto estudar a vida em suas diferentes manifestações.

Os apóstolos de Jesus conheciam bem a Sua natureza, o Seu relacionamento com o Pai, e receberam de bom grado a promessa do Espírito Santo. Embora os unitaristas e unicistas neguem a realidade da Trindade, alegando que tal doutrina não encontra respaldo bíblico, a Bíblia está repleta de passagens em que a atuação das três Pessoas divinas podem ser identificadas em unidade, conforme veremos no tópico seguinte.


3. A Trindade na Bíblia.


1. João 16. A mais clara revelação da Trindade está no capítulo 16 do evangelho de João, pois nele as três Pessoas são devidamente identificadas por Jesus. Nesta passagem Jesus declara:

Que o Filho iria para o Pai que O enviou (v. 5 e 17) ;

Que se o Filho não fosse, o Consolador (O Espírito Santo) não seria enviado (v. 7).

Que o Filho enviaria o Espírito Santo (v. 7).

Que o Espírito Santo convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (v. 8).

Que o Espírito Santo guiaria os discípulos (v. 13).

Que o Espírito Santo também glorificaria o Filho (14).

Que tudo quanto pertence ao Pai pertence ao Filho (v. 15).

Vejamos, agora, outras passagens em que as três Pessoas Divinas aparecem juntas e em colaboração:

1. Mateus 28.16: Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

A sequência não deixa dúvida de que são três Pessoas distintas em nome das quais os cristãos deverão ser batizados, e que o mesmo nome é atribuído às três Pessoas, o que se revela pela conjunção “e” (gr. Kay).

Não dá para dizer que são três nomes, mas um nome atribuído às três Pessoas. Afinal, em algum lugar na Bíblia é atribuído algum nome próprio ao Espírito Santo?

Esta perspectiva é reforçada através do texto de João 17, em que Jesus declara que tudo que pertence ao Pai pertence a Ele (v. 17), inclusive o inefável nome YHWH (conferir versículos 11 e 12).

2. I Coríntios 12. 4-6: Ora, os dons são diversos mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidades nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.

Comentário: nesta passagem a atuação das três pessoas no decorrer da história da Igreja é demonstrada, assim como a unidade Delas (Deus é que opera tudo em todos).

3. Coríntios 13.13: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo, sejam com todos vós.

Romanos 15.16: Para que eu seja ministro de Cristo Jesus entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus, de modo que a oferta deles seja aceitável, uma vez santificada pelo Espírito Santo.

Judas 21 e 22: Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.

I João 4.2: Nisto reconhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus.

Confira ainda: Lucas 1. 35; Lucas 2. 27 e 28; Lucas 10.21; Romanos 14.15; II Coríntios 1. 21 e 22; Efésios 2. 18; Efésios 4. 4-6; I Tessalonicenses 2.13; Tito 3. 4-6; Hebreus 9.14; I Pedro 1.2.


BIBLIOGRAFIA:


JOYCE, G.H, The Catholic Encyclopedia, Volume XV. The dogma of the Trinity, New York: Robert Appleton Company. Disponível em http://www.newadvent.org/cathen/15047a.htm.



 
 
 

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Claudio Schueler Baroni - Rio de Janeiro - Brasil

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